Eu falo das pessoas
e você dos pesares
eu falo dos pesares
e você das pessoas
Eu digo a você
e você diz que digo contra você
Eu sinto por você
e você diz que sente por mim
mas se é assim
o que há de errado por aqui?
Eu quero atenção
e você diz que eu desapareço
Eu quero atenção
mas quem recebe é Deus e o mundo
Eu quero atenção
e me sinto maluca
você só quer viver
e eu te entendo
e eu remendo
e eu sofrendo
conivente com a dor
conivente com o impor
do seu espírito algor
minto ai
seu espírito é calor
é autor
é sabor
e todo distante do meu dispor
por mais que você tente me mostrar o contrário
nunca serei a primeira que vem a sua mente
nunca serei a que toma conta do inconsciente
eu sei, eu sinto, e o que permito
não passa de um cassino
no qual já se sabe o perdedor
e já não sei o que é que me restou
e já não sei se você já me amou
e já não sei pra onde é que vou
Só sei que os dias passam
e que essa trapaça impensada
a tempos não me faz bem
a tempos não me convém
a tempos me faz refém.
I.G.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
A morte da relevância
O império individualista chegou a tal ponto
a tal ponto
a tal ponto
que já nem conto mais
a tal ponto
que a ideia já vem pronta
que o inédito é imposto
e que o velho é vergonhoso
a tal ponto
que não se toma um posto
diante de alvoroços
que não caem bem
a tal ponto
que o relevante
torna-se insignificante
de tanto se dizer amém
até o ponto
em que os pontos
vão estourar de vez
I.G.
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