segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quero o mundo
Quero o nada
Quero o riso
e o choro
e o abismo
o abraço.
E não há o que se encaixe
e não onde me encaixem
Quero uma caixa
um buraco qualquer
onde possa botar o infinito
de toda imprecisão
o infinito de cada sensação
que me expulsem
que me humilhem
que me insultem
mas que deem alguma consideração
ao vazio absoluto dessa perdição
ao circuito fechado
de todos os pensares
como nos levaram a insolução?
Quero conivência com o humano!

De: Isabela Giorgiano

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