domingo, 18 de setembro de 2011

Ao sentimento

Amor
Não te chamei
nem te quis
Por vaidade, confesso
mas ainda assim
não tem o direito
de eclodir em meu peito
sem prestar contas a mim
Aceito sua morada
aqui  tão bem aconchegada
contudo
detesto, abomino
cada estada
de seus agregados:
do suspiro à saudade
do repúdio ao desespero
Mesmo assim, infesto-me
expondo-me a suas vontades
iludindo-me sem necessidade
inibindo-me...
E a inibição, amor, mata
mata os dias que eu podia ter
sem você
mata os amores que eu queria ter
sem você
mata o mundo que eu sorria por ser
sem você
Mas esse inferno me domina
e cresce dia pós dia
num sentimento sufocante
e incrível
agonizante
e imprescindível
Meu amor, por favor, suma daqui
Meu amor, por favor, saia de mim
Meu amor, por favor, me ame também.

I.G.

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