Os bigatos daqueles becos
Infestados de maus anseios
Dos quais fui dos primeiros
A apontar-lhes os dedos
Esculachando-os, ludibriando-os
Por fingirem ser verdadeiros
Hoje comem os sonhos
Que larguei em meus travesseiros
Hoje brotam dos peitos
Que matei nos primeiros erros
Hoje soltam gritos gostosos:
Sobraram-te os destroços
De todo aquele ócio
Que um dia condenou
Por fim:
Defeco no perfeito
Dependo dos defeitos
É o que me restou
É o que agora sou.
I.G.
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