Os outros tinham seu nome
os sons, seus trejeitos
os cheiros, seus braços
seus abraços
seus desembargos
seus aconchegos
As paredes rígidas
com os peitos colados
mostraram-se quebradiças
e as certezas, incrédulas
As vozes molhadas de sede
imploravam instantes
As vozes malandras de medo
inventavam mirantes
O pico de cada egoísmo
revelou-se criança
a busca por cada segredo
tornou-se insana
a vontade de cada pedaço
eterna lembrança
E as amarras daqueles sonhos
E as mordaças daqueles sopros
São a cachaça do meu efêmero
São a verdade do meu desapego
que é tão consolidado
tão bem estruturado
que sede aos seus afagos
que pede os seus cuidados.
I.G.
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